Como identificar uma amizade tóxica — Gama Revista

5 dicas

Identifique uma amizade tóxica

'Curtindo a Vida Adoidado' (1986)
'Curtindo a Vida Adoidado' (1986)

Ter amigos é sinal de uma vida saudável. Mas algumas amizades podem fazer mal. Confira as dicas para diagnosticar se a relação é problemática

Manuela Stelzer 12 de Maio de 2020
  • 1

    Um elogio seguido de crítica pode ser mau sinal –
    Apesar de falas carregadas de elogios, o amigo tóxico nunca termina suas frases com palavras positivas. A matemática é simples até para quem é de humanas: depois de uma declaração de admiração, é comum que o amigo abusivo solte uma crítica na sequência – um “mas” capaz de acabar com a autoestima e a segurança de qualquer um. Ele pode adorar seu corte de cabelo novo, mas achar que é moderno demais para você. A equação sempre fecha com resultado negativo.

  • 2

    Se há muita dependência, fique alerta –
    As relações abusivas são baseadas na dependência e no domínio de uma pessoa pela outra. Os amigos problemáticos tentam passar a mensagem de que, sem eles, não há vida. Não oferecem qualquer incentivo, seja a sair, a tentar algo novo, a enfrentar desafios ou a conhecer pessoas diferentes. Não dão espaço a vínculos externos e a outros relacionamentos. As amizades abusivas são regadas a altas doses de ciúmes que, aos poucos, engasgam e sufocam. E o amigo tóxico vai sempre querer provar como ele é o único capaz a ajudar e o melhor companheiro para sair e se divertir.

  • 3

    Se não vibra com as conquistas do outro não é amigo –
    Ao contrário do que se imagina, a tarefa mais fácil de um amigo é consolar. Difícil mesmo é vibrar pelas conquistas do outro, ficar feliz de forma genuína por causa delas. O amigo tóxico é o primeiro a se prontificar para ajudar no momento da perda ou de uma grande tristeza. E é também o primeiro a duvidar do sucesso e a não saber como lidar com vitórias. “Preste atenção às pequenas hesitações, aquelas que fazem você parar e pensar antes de compartilhar uma boa notícia com um amigo”, adverte Cherie Burbach, autora do livro “100 Simple Ways to Have More Friends” (Cem Maneiras Simples de Ter Mais Amigos, em tradução livre), que é especializada em relacionamentos.

  • 4

    Viver sob constante questionamento não é normal –
    Se o porquê de toda decisão precisa ser justificado nos mínimos detalhes, preste atenção. “É normal que amigos nos desafiem de forma altruísta. Mas quando te julgam, eles impõe seus valores no lugar de reconhecer suas necessidade e princípios”, afirma Andrea Syrtash, expert em relacionamentos e autora do livro “He’s Just Not Your Type – And That’s A Good Thing” (Ele Apenas Não é o Seu Tipo – E Isso É uma Coisa Boa, em tradução livre). Sentir-se preso, julgado e quase sufocado por um amigo não é uma sensação que deve ser normalizada. Questionamentos e críticas construtivas são sempre bem-vindos, mas sua quantidade e real necessidade devem ser mensuradas. “As pessoas querem ser desafiadas, não transformadas”, relembra Syrtash.

  • 5

    Atitudes e discurso devem estar de acordo –
    Nem sempre é fácil diagnosticar um relacionamento abusivo, ninguém usa crachá de “amigo tóxico” e muitas vezes as más qualidades (inveja, necessidade de controle, ciúmes) são ocultadas. Renata Busch, psicóloga especializada em jovens e adolescentes, afirma que “por trás das relações abusivas, sempre há um discurso de boa vontade e afeto” e, por isso, são dificilmente identificadas. É preciso ficar atento ao que é dito e feito: as atitudes de um amigo tóxico são sempre sutis e camufladas por frases como “eu só faço isso para te proteger, e porque te quero bem”.

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