Objeto de análise: Sandália Birkenstock Arizona — Gama Revista
Birkenstock / Isabela Durão

Sandália Birkenstock Arizona

A sandália ortopédica tão bonita quanto feia que é companheira de todos os trajes: do pijama ao look do Oscar

Laura Capelhuchnik 29 de Setembro de 2020
  • O que é

    Uma das sandálias mais famosas do mundo, de tiras coloridas de couro e camurça e fivelas de metal. O solado, de cortiça, látex e juta, é conhecido pelo formato anatômico, um bálsamo para os pés mais cansados, e fruto de uma história centenária de palmilhas ortopédicas da marca alemã Birkenstock. A Arizona já foi item característico dos hippies, caiu em desuso, retornou das cinzas e chegou a calçar pés na cerimônia do Oscar. Hoje, é um dos produtos mais desejados de 2020 — mesmo que seja para ficar em casa.

  • Quem faz

    O primeiro sapateiro da família Birkenstock foi Johann Adam, em 1774, na cidade alemã de Langen-Bergheim. Em Frankfurt, seu neto Konrad deu início a um negócio de palmilhas ortopédicas, em 1896, e menos de dez anos depois criou uma das principais marcas da empresa até hoje: o chamado suporte de arco contornado, solado anatômico que respeitava a curvatura dos pés mais do que qualquer outro calçado da época.
    As primeiras sandálias Birkenstock, que levavam a tecnologia das palmilhas, foram lançadas na década de 1960. Nas mãos da estilista alemã Margot Fraser, a marca chegou aos Estados Unidos. Foi ela quem desenhou o modelo Arizona, nos anos 1970, que com suas tirinhas de couro e o solado confortável encontrou ecos no movimento hippie. De lá pra cá, foram altos e baixos: o ostracismo nos anos 1980, por ser considerada fora de moda; a adesão por fashionistas durante a década de 1990 e o hype total a partir dos anos 2000.

  • Por que é tão desejado

    Seria polêmico dizer que a resposta está em sua beleza, que é reavaliada de tempos em tempos. Mas também não é justo dizer que o desejo pelas sandálias Birkenstock se origina somente do conforto do solado de cortiça. Desde meados dos anos 1990, a marca ganhou a adesão de nomes respeitados na moda e na mídia. Esteve nos pés de modelos em um desfile de Paco Rabanne, teve versões assinadas pelo designer americano Rick Owens e pela marca Valentino. No Oscar 2019, um par neon da Arizona calçou os pés da atriz Frances McDormand. As sandálias são simples, muito confortáveis e têm a chancela dos fashionistas: essa talvez seja a receita para ela fazer tanto sucesso na quarentena. Uma compra coringa para ficar dentro de casa, mas que vem com a promessa (e a esperança) de fazer sucesso quando for possível circular livremente pelas cidades.

  • Vale?

    A Arizona não é uma sandália exatamente democrática se você mora no Brasil — a história da marca Birkenstock, que só chegou ao país em 2015, está muito bem embutida no seu preço. A palmilha confortável e o charme das tiras também já não são mais exclusividade do produto alemão (embora ele ainda seja superior). Por isso, se o dinheiro está curto, mas o apego é grande, vale espiar o modelo Arizona EVA. Sem camurça e cortiça, ele é bem mais acessível, à prova d’água, e virou febre desde 2019.

  • Como comprar

    O site da Birkenstock no Brasil encaminha a venda para a Shop2Gether, onde a Arizona sai por R$ 549. O modelo EVA custa, em média, R$249. O Shopping Iguatemi, em São Paulo, e o Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, têm lojas físicas da marca. Outras lojas brasileiras revendem a sandália, como a Hering e a Pererê.

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